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sábado, 16 de maio de 2009

A importância do pai

A importância do pai Antigamente, o pai quase nem chegava perto do bebê. Hoje, ele participa de tudo. Mesmo assim, não é todo mundo que percebe a importância dele. “O bebê, logo depois de nascer, costuma se acalmar e parar de chorar ao ouvir a voz do pai. Por isso, muitos obstetras encorajam o pai a conversar com o filho assim que ele nasce”, conta Stéphanie Sapin-Lignières, coordenadora do curso Prepar e mãe de Annelys, Custódio Carlos, Frederic e Valerie. Outra prova de que o pai é importante vem com a pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, intitulada Vivências de Casais com o Aleitamento Materno do Primeiro Filho. Ela mostrou que o pai exerce, sim, influências positivas ou negativas nesta fase. Seu jeito de agir afeta a auto-estima da mulher, o que pode alterar a produção de leite e os padrões de sono dela. Outra prova de que o pai é importante vem com a pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, intitulada Vivências de Casais com o Aleitamento Materno do Primeiro Filho. Ela mostrou que o pai exerce, sim, influências positivas ou negativas nesta fase. Seu jeito de agir afeta a auto-estima da mulher, o que pode alterar a produção de leite e os padrões de sono dela. Mas, se o pai é tão importante, por que a licença paternidade é tão curta? Em 1988, a nova Constituição deu aos pais cinco dias em casa assim que a criança nasce. Acha pouco? Pois antes era pior: a licença do pai era de um dia só. Já as mães têm direito a quatro meses com o filho (desde que tenham registro na Carteira de Trabalho) – mas, em outubro, o senado aprovou o projeto de lei da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE) que prevê o aumento da licença-maternidade para seis meses. O projeto ainda tem de ser votado na Câmara dos Deputados. Se aprovado, a medida será facultativa para as empresas. A mesma senadora também tem um projeto para aumentar a licença-paternidade para 15 dias. “Na época em que fizemos o projeto, houve uma grande demanda de homens pedindo para que nós os incluíssemos”, diz Patrícia, mãe de Lívia, Ciro, Yuri e Maria Beatriz. No fim, ela fez dois projetos. Para Rachel Niskier, mãe de Eduardo e Mauro e avó de Gabriel, coordenadora da campanha “Licença- Maternidade: seis meses é melhor!”, da Sociedade Brasileira de Pediatria, é bom dar um passo de cada vez. “Durante toda a campanha, nunca nos esquecemos de mencionar o pai. Só que não dá pra pedir tudo ao mesmo tempo. A aprovação do projeto no senado abre caminho para discutirmos a licença paternidade também”, diz ela. O projeto de Patrícia não é o único em trâmite. Há um projeto de lei do deputado Vieira da Cunha (PDTRS) que prevê o aumento da licença para dez dias e já foi aprovado por uma comissão especial. Agora, será votado em regime de prioridade pelo Senado. Mas tem gente que quer batalhar por mais. A ANTROPÓLOGA MIRIAN GOLDENBERG QUESTIONA SE 10 OU 15 DIAS SÃO SUFICIENTES PARA QUE O PAI PARTICIPE DA FORMAÇÃO EMOCIONAL E SOCIAL DA CRIANÇA. “ZELAR PELO RECÉM-NASCIDO É MUITO MAIS DO QUE GARANTIR O ALEITAMENTO MATERNO. ESSES PROJETOS SÃO SÓ UM PONTAPÉ INICIAL. O JUSTO SERIA DISCUTIR COMO APROXIMAR MAIS AS RESPONSABILIDADES E OS PODERES DO PAI E DA MÃE DENTRO DE CASA”, DIZ. Rachel concorda: “O pai tem de estar presente sempre. Ele não amamenta, mas dá carinho e proteção. Quanto mais tempo passar com o filho, melhor. Não é só questão de ajudar, é participar”. E, se a gente reconhece o papel do pai na criação dos filhos, influencia os outros a pensarem igual. “Tem pediatra que diz: ‘Pai, pode ficar aí, não precisa entrar na sala para a consulta’. Isso não está certo”, diz Rachel. Mirian costuma sempre citar a Suécia, país onde a licença dura até 16 meses e vale para ambos os pais (eles decidem quem fica em casa). Avançando aos poucos, quem sabe a gente siga o exemplo deles. Fonte: http://revistapaisefilhos.terra.com.br/

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